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Sobrevivente de batida em rodovia na Bahia poderá ficar paraplégico DE SÃO PAULOAs chances de o cortador de cana Valdison Monteiro de Santana, 20, voltar a andar quando deixar o hospital são de 10%. Uma de suas vértebras lombares acabou esmagada pelas ferragens do ônibus em que viajava. Ele foi uma das vítimas de um acidente que envolveu também uma carreta e um caminhão e deixou, ao todo, 35 mortos e 11 feridos no último dia 3, num trecho da BR-116, perto de Brejões (BA). No ônibus, viajavam trabalhadores rurais do agreste pernambucano que voltavam de uma temporada em Mato Grosso do Sul. Dos mortos, 16 pertenciam à mesma família. Eram primos e tios de Valdison que deixavam o interior de Buíque (287 km de Recife) todos os anos para ganhar cerca de R$ 1.000 por mês cortando cana entre março e novembro. "É o jeito que o povo daqui encontrou para sobreviver. Agora o que mais tem é viúva e órfão", diz Sebastiana, 55, mãe de Valdison. Segundo ela, o dinheiro que ele mandava de longe enquanto trabalhava era essencial para a sobrevivência de seus outros filhos. Ela diz que agora "só Deus sabe" como a família irá se sustentar. Segundo a Polícia Rodoviária Federal, os indícios apontam que o acidente ocorreu por imprudência do motorista da carreta, que invadiu a pista em que o ônibus rodava. A polícia diz que o ônibus estava irregular e só trafegava graças a uma liminar da Justiça. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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