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Flávio de Carvalho Serpa (1948-2014)

Mestre do jornalismo científico no Brasil

DE SÃO PAULO

Para muitos colegas de profissão, Flávio de Carvalho Serpa era "o homem mais inteligente do mundo". Havia ainda quem o considerava o "mestre Yoda" do jornalismo científico nacional.

Tamanha admiração deve-se, entre outras coisas, à sua capacidade de escrever sobre qualquer tema ligado à ciência e de traduzir para o público leigo assuntos cabulosos como o bóson de Higgs.

Tudo isso de forma despretensiosa; não fazia esforço para parecer um gênio --também entendia muito de tecnologia e informática.

Seus textos costumavam trazer pitadas de ironia, comuns em suas conversas, engraçadas e cheias de risadas. Era assim até ao encontrar "monstros" da física: falava como se estivesse batendo papo com um colega de redação.

Flávio formou-se em física pela UFMG (Federal de Minas), mas achava que não seria bom professor. Mudou-se então para o Rio, onde trabalhou no jornal "Opinião".

Ainda nos anos 1970, radicou-se em São Paulo e ajudou a criar o semanário "Movimento", ao qual dedicou-se até a última edição, em 1981.

Depois, passou por publicações como Folha, "O Estado de S. Paulo", "Veja", "Superinteressante", "Scientific American" e "Galileu".

Em casa, sua diversão era montar e consertar coisas, ao estilo "professor Pardal". Também adorava brincar com os sobrinhos-netos. Encarava até a piscina de plástico cheia de água para se divertir com os pequenos.

Fumante, morreu ontem (23/6), aos 66, por causa de problemas pulmonares. O enterro foi realizado em Belo Horizonte, sua terra natal. Deixa irmãos e sobrinhos.

coluna.obituario@uol.com.br


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