Governo prevê faixas adicionais nas estradas do Estado até 2014

"A capacidade em direção ao litoral está esgotada. E existe a barreira da serra do Mar, que dificulta as intervenções. No interior, a malha rodoviária é mais diversificada, há mais opções de trajeto, ainda suporta mais", avalia Humberto Pullin, engenheiro de tráfego e consultor.

O diagnóstico feito pelo especialista também revela que os motoristas terão de se conformar com engarrafamentos nas rodovias que ligam a capital ao interior nos momentos de rush, como feriados.

O argumento de técnicos é que os investimentos rodoviários não são feitos especificamente para esses momentos, sob risco de haver ociosidade nas rodovias durante o resto do ano -e, assim, desperdício de verbas.

"A engenharia de tráfego hoje considera admissível se houver até 50 horas de congestionamento no ano", afirma o engenheiro Pullin.

A Artesp (agência do governo paulista que regula as concessões) diz que há uma série de obras previstas entre 2012 e 2014 em rodovias num raio de 60 km da capital.

Estão programadas, por exemplo, a implantação de terceira faixa na rodovia Anhanguera (no trecho de Jundiaí e Vinhedo), de uma quinta faixa na rodovia dos Bandeirantes (entre São Paulo e Jundiaí) e do prolongamento do contorno de São Roque na Raposo Tavares (rodovia que será ainda duplicada do km 63 ao km 67).

São previstas ainda faixas adicionais na rodovia Castello Branco (região de Boituva e Porto Feliz), na rodovia dos Imigrantes (em São Bernardo do Campo) e de via marginal na Carvalho Pinto (São Paulo/Guarulhos).