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Segurança inclui códigos e 'vaga do ladrão'

DE SÃO PAULO

Apesar de garantirem que o segurança que vistoria os carros, geralmente desarmado, está preparado para agir caso encontre um criminoso escondido, empresas dizem que o objetivo não é surpreender um possível ladrão.

"Se o ladrão sabe que há segurança, ele não entra. Quero mostrar que o morador não é alvo interessante", diz Niv Yossef, gerente de segurança do grupo GR.

"O marginal vai aonde tem facilidade", afirma José Antonio Caetano, diretor comercial da Haganá.

O capitão da Polícia Militar José Elias de Godoy, autor de dois livros sobre segurança em condomínios, discorda.

"No assalto pontual, o bandido quer a maior facilidade para entrar e para sair. Mas a quadrilha organizada vai tentar burlar o sistema."

CÓDIGOS SECRETOS

Silvia Santelena, diretora administrativa do Grupo Light, que cuida de condomínios, diz que prédios usam até códigos entre moradores e seguranças. "Em um condomínio nos Jardins, caso os moradores sejam rendidos por assaltantes e eles tentem entrar escondidos no porta-malas, o morador, ao abrir o vidro, dá duas piscadas para o controlador de acesso."

Há também a chamada vaga do ladrão. Quando um morador é rendido, em vez de parar na sua vaga, ele para no espaço reservado. Assim, sem alarde, o porteiro é alertado.

Para Viviane Cubas, do Núcleo de Estudos da Violência da USP, situações como a revista podem indicar que as pessoas se sujeitam a tudo para se livrar da violência.

"Isso pode até melhorar a sensação de segurança deles, mas não tem impacto nenhum na segurança pública."

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