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Comédia atual 'perdeu o afeto', diz Gregorio Duvivier

FERNANDA REIS ENVIADA ESPECIAL A PARATY

O humorista Gregorio Duvivier, do grupo Porta dos Fundos, afirmou nesta quinta-feira (31), na Flip, que a comédia feita hoje em dia "perdeu o afeto".

"As pessoas confundem liberdade com galhofa e falta de educação", disse ele em conversa com a jornalista Eliane Brum e o poeta Charles Peixoto.

Em debate mediado por Miguel Conde, os três conversaram sobre as relações entre poesia, humor e jornalismo.

Colunista da Folha, Duvivier arrancou gargalhadas da plateia logo na sua apresentação. "É meio humilhante falar depois da Eliane. Ela está salvando o mundo, ajudando todas as minorias do planeta, e eu tenho um canal de humor."

Ao falar de sua relação com a poesia, citou Millôr Fernandes. "É impressionante como a obra dele é atual. Isso tem muito a ver com a poesia e a humanidade que há no humor dele."

Para Brum, a necessidade de fazer poesia nasceu durante suas andanças como repórter. "Há realidades que só a ficção suporta", afirmou.

Ela contou que aprendeu poesia com analfabetos, na forma de prosa, e deu um exemplo disso: "Em uma entrevista, uma indígena me disse que a parteira é chamada a povoar o mundo nas horas mortas da noite".

O momento mais aplaudido do encontro foi a leitura de textos pelos três participantes do debate.

Duvivier escolheu dois poemas e duas de suas colunas publicadas na Folha: "Pardon Anything" e "Xingamento".

Peixoto encerrou a mesa com a leitura de uma série de poemas humorísticos. "Estar aqui é um reconhecimento, porque os críticos diziam que o que eu fazia era lixeratura'", disse.


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