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Chuva no Rio afeta voos e lota aeroportos

No Santos Dumont, só 12 dos 332 pousos e decolagens ficam no horário; Tom Jobim também tem atrasos e cancelamentos

Passageiros enfrentam longas filas, organizam protestos e criticam assistência dada por companhias aéreas

Fernando Rabelo/Folhapress
Fila de passageiros no saguão do aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro; voos atrasaram devido às chuvas
Fila de passageiros no saguão do aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro; voos atrasaram devido às chuvas

DO RIO

Longas filas nos balcões das companhias aéreas, dezenas de voos cancelados e passageiros perdidos sem informação. Foi esse o cenário enfrentado por milhares de pessoas que tentavam voltar do Réveillon pelos dois principais aeroportos do Rio ontem.

Por causa das chuvas, o Santos Dumont, no centro, foi fechado três vezes -duas de manhã, somando quase duas horas, e uma no início da noite, por 50 minutos.

A interrupção criou um efeito cascata que, no fim do dia, afetou a maioria dos 332 pousos e decolagens previstos.

Só 12 (3,6%) ficaram no horário no Santos Dumont; 201 (60,5%) sofreram atrasos e 119 (35,8%) foram cancelados.

"Se no Réveillon está este caos, imagina como vai ser na Copa do Mundo", disse o iluminador Thiago Costa Moreira, que não conseguiu embarcar para Brasília. Ele ficou três horas no Santos Dumont até ter o seu voo remarcado pela Azul para a manhã de hoje.

O publicitário capixaba André Pontual levou um "chá de cadeira" de mais de oito horas até embarcar para São Paulo, às 16h50. Após chegar ao Santos Dumont às 8h, vindo de Vitória, foi transferido para o aeroporto Tom Jobim, o Galeão.

Lá, organizou um protesto na área de embarque para garantir a volta para casa.

"A Gol não nos dava nenhuma informação precisa. Nos levou para o Galeão e a toda hora desmarcava nosso voo. Tivemos que impedir outros passageiros de embarcar para conseguir voar", contou.

Ele viajava com o cachorro e ficou todo o tempo de espera sem contato com o bicho.

"Aquilo é o caos: falta de informação, fila por todo lado e até a lanchonete da sala de embarque não tinha mais comida", disse o apresentador Zeca Camargo, que não conseguiu partir de manhã para SP.

No fim da noite, centenas que ainda esperavam no Santos Dumont -proibido de operar após as 23h por causa do barulho- protestavam aos gritos contra as companhias. Por volta das 21h30, a maioria foi transferida para o Galeão.

A advogada mineira Juliana Carneiro desistiu de viajar para BH pela Trip após esperar mais de 12 horas. Foi para a casa de um amigo no Rio.

"Eles não têm culpa pela chuva, mas o que irrita é o descaso. Não me deram almoço e se negam a pagar um hotel alegando que um avião chegaria às 23h no Tom Jobim, mas não deram certeza de que partiria."

No Tom Jobim, 9 de 382 chegadas e partidas programadas até as 21h10 foram canceladas e 177 voos (46%) atrasaram.

A Gol divulgou nota em que "lamenta pelo desconforto", mas diz que mudanças de voos devido a problemas climáticos são "necessárias para garantir a segurança dos clientes".

A chuva também causou atrasos no aeroporto de Brasília. Até as 19h, estavam programadas 165 partidas, mas 40,6% tinham atrasado e 3% haviam sido canceladas.

Colaborou a Sucursal de Brasília

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