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Câmara aprovou leis como quis, diz vereador

Para presidente do legislativo paulistano, José Police Neto, atuação da Casa foi positiva

DE SÃO PAULO

O presidente da Câmara de São Paulo, José Police Neto (PSD), defende o trabalho do órgão em 2011. Para ele, é natural que qualquer prefeito tenha maioria para governar e não existe governo de minoria.

Leia trechos da entrevista.

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Folha - Em 2011, a Câmara aprovou tudo o que o prefeito quis, do jeito que ele quis e no prazo que ele quis. O sr. não acha que ficou muito patente a submissão ao prefeito?

José Police Neto - Eu acho que aprovou do jeito que a Câmara quis. Pode ter sido no tempo que a administração demandou, e isso é verdade, mas do jeito que a Câmara quis. Todas as leis que aqui chegaram, voltaram alteradas, e com a participação efetiva da oposição.

A Câmara Municipal de São Paulo, tendo essa proximidade com o Executivo inegável, não corre o risco de passar a ficar chapa branca?

Acho que não. Eu dou alguns exemplos que são bastante interessantes da inovação legislativa.

A Câmara conseguiu aprovar a função social da propriedade. Desde 1988 se buscava isso. Não foi iniciativa do Executivo. A função social da propriedade vem sendo testada por diversos governos que não conseguiram construir maioria. A Câmara de São Paulo construiu maioria para impor isso a um governo.

Para 2012, quando se desenha um quadro eleitoral com várias candidaturas a prefeito e um clima belicoso, é possível manter esse quadro?

Acho que a Câmara caminha para trazer o debate dos candidatos para dentro dela. Como são candidatos que nunca foram candidatos a prefeito -se não todos, a grande maioria-, qual a grande inovação que a gente pode ter? Nós temos vereadores que são absolutamente técnicos em áreas sensíveis, como saúde, educação, transporte e no desenvolvimento urbano, por exemplo.

Eu acho que a Casa pode ser o espaço do debate desses candidatos, sendo testados no curso do ano para aquilo que virão a fazer nos quatro anos que estarão no poder.

Então, eu acho que a Câmara pode inclusive ocupar um espaço no debate político-eleitoral da cidade que historicamente não teve ainda.

(EVANDRO SPINELLI)

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