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Mãe e filho morrem após cair de prédio no Sumaré

Segundo a polícia, os dois caíram do 15º andar por volta das 2h de ontem

Investigação menciona bilhete que teria sido deixado no local antes das mortes, na zona oeste de São Paulo

LUCCA ROSSI
DE SÃO PAULO

Uma mulher de 33 anos e seu filho, de seis, morreram na madrugada de ontem após caírem do 15º andar de um prédio de alto padrão na região do Sumaré, zona oeste da capital paulista.

Segundo a Polícia Militar, os dois caíram do apartamento por volta das 2h.

A PM foi acionada pelo porteiro do prédio, que afirmou ter ouvido um barulho alto parecido com o de objetos caindo no pátio.

Ao deixar a cabine, o porteiro disse que se deparou com os corpos de Cássia Cristina dos Santos Gomes e do menino. A polícia trabalha com a hipótese de que ela tenha jogado a criança e depois cometido suicídio. A rede de proteção da varanda do apartamento foi cortada.

Gomes tinha outra filha adolescente, que não estava no apartamento.

"Temos alguns indicativos do suicídio, já que o porteiro afirmou que ninguém entrou ou saiu do apartamento ontem", diz Marco Aurélio Batista, delegado titular do 23º DP, responsável pelo caso.

DEPRESSÃO

No local, foram encontrados bilhetes que revelariam a intenção de Gomes de se matar, segundo a polícia.

O boletim de ocorrência sobre o caso relata que os bilhetes trazem mensagens indicando que ela teria jogado o filho e depois se atirado porque sua mãe teria um relacionamento com seu ex-marido, Ismar José da Cruz, pai da criança morta.

As mensagens também trazem menções a e-mails enviados a amigos, em que afirmava sofrer de depressão.

Um dos seguranças do prédio, que pediu para não ser identificado, diz nunca ter percebido sinais de depressão em Gomes.

"Eu a via todos os dias. No sábado, ela saiu de carro com as crianças e desejou um feliz Ano-Novo. Nunca pensei que algo assim pudesse acontecer", diz o vigia.

Moradores ouvidos pela reportagem afirmam jamais ter tido contato com Gomes. Segundo eles, ela morava há pelo menos um ano ali.

INVESTIGADO

Em outubro do ano passado, a Justiça determinou o sequestro dos bens de Cruz, que é investigado pela Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo por suspeita de ter uma evolução patrimonial incompatível com seu salário mensal, de cerca de R$ 3.500.

A Folha tentou contatar o advogado que o defendia no caso, mas ele não respondeu aos recados.

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