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Ex-coroinhas dizem que acusados de abuso foram expulsos da igreja

Segundo vítimas de Alagoas, bispo os reuniu para comunicar decisão do Vaticano após processo

Dois monsenhores e um padre negam abuso sexual contra os jovens; em dezembro, a Justiça os condenou à prisão

SÍLVIA FREIRE
DE SÃO PAULO

Os três religiosos de Arapiraca (AL) condenados por abusar sexualmente de três ex-coroinhas foram expulsos da Igreja Católica, afirmam as vítimas. Segundo os jovens, eles foram informados da decisão pela Diocese de Penedo na semana passada.

De acordo com os rapazes, o bispo de Penedo, dom Valério Breda, se reuniu com os três na casa de Anderson Farias Silva, 22, uma das vítimas, para comunicar a decisão do Vaticano.

"Ele disse apenas que os três não são mais padres", afirma Cícero Flávio Barbosa, 24, outra vítima.

Os monsenhores Luiz Marques Barbosa, 83, e Raimundo Gomes, 54, e o padre Edilson Duarte, 44, já estavam afastados.

A reportagem tentou falar com o bispo, mas ele não atendeu às ligações. Há duas semanas, disse à Folha que os processos canônicos haviam terminado, mas alegou que as vítimas e os religiosos deveriam ser informados antes da decisão.

Para os ex-coroinhas, a expulsão "prova" que as acusações são verdadeiras.

Em dezembro, a Justiça condenou Barbosa a 21 anos de prisão por exploração sexual de menores, e Raimundo e Edilson, a 16 anos e 4 meses cada um. Os três negam abuso e vão recorrer.

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