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Em vídeo, Bernardo diz ter marcas no corpo

Gravação revela discussão entre menino, madrasta e seu pai; garoto foi assassinado em abril, no Rio Grande do Sul

Justiça diz que imagens haviam sido apagadas do celular do pai, mas foram recuperadas; ele e a mulher estão presos

DE PORTO ALEGRE

Uma gravação feita dentro da casa onde vivia o garoto Bernardo Boldrini, que foi assassinado em abril no interior do Rio Grande do Sul, mostra o menino dizendo que quer "se matar" e que tem marca de agressões pelo corpo.

O vídeo, de 14 minutos, mostra a discussão dele com o pai, Leandro Boldrini, e a madrasta, Graciele Ugulini --ambos presos, assim como os irmãos Edelvânia e Evandro Wirganovicz, acusados de envolvimento na morte.

A gravação, divulgada nesta quinta-feira pelo grupo RBS, foi feita por Graciele, que aparenta cuidar do bebê do casal em meio à briga.

Na quarta-feira, um trecho em áudio do mesmo material ""gravado em agosto de 2013"" já havia sido divulgado.

O pai aparece discutindo com o menino. Quando ele conta que seus gritos chamaram a atenção de policiais, que foram verificar o que estava acontecendo, a madrasta diz que o garoto é "cagão".

"Tu me agrediu. Tenho marca aqui", retruca o menino à madrasta.

Em outro momento, o casal e o garoto falam sobre a mãe dele, Odilaine Uglione, que morreu em 2010. Graciele diz que a mulher era uma "vagabunda" e que "pensou em matar" Leandro.

"Fico com pena de ti. Tua mãe te botou no mato. Deus o livre. Te abandonou", afirma o pai. O menino responde, aos gritos, que quer que o pai e a madrasta morram.

O garoto diz, se referindo à meia-irmã: "Coitada da Maria, vão agredir ela também".

No fim do vídeo, Leandro pede que o menino tome um remédio. Com a voz alterada, ele diz à madrasta que o pai o mandou pedir desculpas.

Segundo o Tribunal de Justiça, as imagens haviam sido apagadas do celular de Leandro, mas foram recuperadas pela perícia. O material deve ser usado como prova da acusação contra o pai.

Na terça-feira, quatro testemunhas de acusação prestaram depoimento na primeira audiência do processo.

A defesa de Leandro nega qualquer participação dele no crime. Graciele afirmou em depoimento que a morte de Bernardo foi acidental, por erro de dosagem de um remédio dado ao enteado.


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