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Universidade em crise

Plano levará USP ao caos, diz sindicato de servidores

Entidades veem proposta de demissões como 'revés' e 'irresponsabilidade'

'Não tenho planos de me aposentar', diz servidora; professor elogia iniciativa, mas teme baixa adesão

DE SÃO PAULO

A aprovação do plano de demissões voluntárias dividiu alunos e professores da USP e foi considerada um "revés" e um "irresponsabilidade" por entidades de funcionários.

Magno de Carvalho, do Sintusp (sindicato de trabalhadores da USP), classifica a medida como um "revés" e afirma que o corte "levará a universidade ao caos". "Temos setores que trabalham no limite de funcionários."

Francisco Miraglia, da Adusp (associação dos docentes), diz que a universidade não é uma empresa. "Temos técnicos centrais em laboratórios, por exemplo. Se demitir, como a reitoria vai fazer? Vai fechar?"

"É uma irresponsabilidade", diz Paulo Rizzo, presidente do Andes (sindicato nacional dos docentes de ensino superior). Para ele, a medida deve aumentar o número de funcionários terceirizados.

Mesma preocupação tem a estudante de letras Isadora Szklo, 22, do Diretório Central dos Estudantes. "[Terceirizados não podem fazer greve."

"Estamos desorientados", afirma uma funcionária de 60 anos, 30 deles na USP. "Ainda vou avaliar se vou aderir, mas com certeza vou perder dinheiro, porque não tenho planos de me aposentar agora."

Luanah Santos, 28, aluna de ciências contábeis, acha que a medida pode ajudar a USP, ainda que só a curto prazo. "Mas deve haver vantagem para os funcionários", pondera.

Já o professor José Carlos Santos, de economia, acha o PDV uma boa solução, mas considera difícil que haja adesão, pois os salários são superiores aos do mercado.

Paulo Matos, 40, que faz mestrado na FEA, diz que "como qualquer empresa" a USP precisa adotar a medida. "É a menos pior".


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