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Chuva não fez subir o nível do Cantareira

DE SÃO PAULO

A forte chuva que atingiu o sistema Cantareira não alterou o nível de seus reservatórios, que nesta quarta (3) tinham apenas 10,7% da água que são capazes de armazenar.

O índice foi o mesmo registrado na terça (2), interrompendo uma sequência de 101 dias de queda no volume da reserva.

Segundo dados da Sabesp, entre terça e quarta choveu no sistema 24% da média histórica de setembro. O Cantareira acumulou 22,2 milímetros de chuva nesse período.

A média para o mês inteiro é de 91,9 mm. Nos três primeiros dias do mês, choveu 29,9 mm.

Especialistas afirmam que o uso do "volume morto" (água que fica abaixo das comportas e precisa ser puxada com bombas) pode criar um "efeito esponja" e atrasar a recuperação do sistema.

Isso porque o solo dos reservatórios fica exposto e ressecado, absorvendo boa parte da água da chuva antes de armazená-la.

Segundo Pedro Cortês, professor de gestão ambiental da USP, o período de recarga ocorre entre outubro e março, meses em que costuma chover mais sobre o sistema.

No entanto, ele avalia que será necessário ter chuvas bem acima do normal para que o nível do sistema volte a subir.

Para o professor Rubem Porto, da Poli-USP, o Cantareira não deve encher nem pela metade antes de 2016. Ele afirma que a recuperação dos estoques depende de "dois fatores óbvios": quanto de água se retira do sistema e quanto chove sobre ele.

Desde 15 de maio, quando atingiu 8,2% de sua capacidade, o Cantareira bombeia a água do "volume morto". A Sabesp tem autorização para uma cota de 182,5 bilhões de litros, dos quais 100,3 bilhões já foram consumidos.

A estatal aguarda o aval dos órgãos reguladores para uma segunda cota, de 100 bilhões de litros.


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