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Em nova fase, ação anticrack dispersará moradores de rua 'Ideia é sempre abordar', diz comandante da PM, segundo quem cracolândia surgiu por causa de formação de grupos Se pessoas estiverem consumindo drogas, serão levadas a DPs; caso não estejam, apoio social será solicitado
DE SÃO PAULO Para tentar acabar com o livre consumo de crack nas ruas de São Paulo, a PM passará a dispersar grupos de moradores de rua em toda a região central da cidade. Segundo o comandante-geral da corporação, coronel Álvaro Camilo, o objetivo é evitar o surgimento de novos territórios livres para o consumo e venda de drogas ilícitas, como ocorreu na cracolândia há cerca de 20 anos. O coronel diz que os policiais vão passar a abordar esses grupos sempre que se depararem com eles ou forem solicitados por moradores de qualquer região, em especial do centro e bairros vizinhos. "A ideia é sempre abordar. Se estiver consumindo droga, ou tráfico, a polícia vai fazer [o encaminhamento para o distrito]. Se não, vamos comunicar as assistentes sociais ou de saúde para agir." De acordo com o oficial, esse encaminhamento ao distrito será feito quantas vezes for necessário. "A ideia é não deixar formar mais esses grupos em nenhuma região da cidade. O que aconteceu lá [na cracolândia] foi isso, foram formando grupos." FASES Essa será a terceira fase da operação da PM iniciada na terça na cracolândia. A primeira deve durar 30 dias, com o objetivo de "sufocar" consumidores e desarticular o tráfico. A ideia é obrigar o viciado a buscar ajuda médica. A segunda fase é dar atendimento de saúde e social aos viciados. A prefeitura prevê internações compulsórias -quando o viciado não concorda com o atendimento. Depois disso, começarão as abordagens para dispersar grupos de moradores de rua. Na terça, com o início da operação, PMs cercaram as ruas onde 400 usuários permaneciam reunidos 24 horas por dia consumindo drogas, principalmente o crack. De acordo com o delegado-geral Marcos Carneiro Lima, a Polícia Civil também participa dessa fase. Para o comandante da PM na região central, coronel Pedro Borges, o plano de prender todos os traficantes da cracolândia é utópico. "Temos certeza de que não vamos acabar com o tráfico de drogas no centro. É utópico dizer que vai acabar", disse. Anteontem, o comandante-geral da PM, coronel Álvaro Camilo, afirmou que acabaria com o tráfico na cracolândia em 30 dias. Na região, segundo a polícia, há microtraficantes. Muitos são usuários que vendem pedras para bancar o vício. Em julho de 2009, a PM, em parceria com a prefeitura, realizou uma operação semelhante, mas o efetivo de homens na região acabou sendo gradativamente reduzido. Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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