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Paciente tinha faca e 3 armas de fogo ao tentar matar médico

Motivação para a tentativa de homicídio não está clara; atirador feriu urologista do Sírio e se matou em seguida

Vítima passou por cirurgia para retirar bala da cabeça e está em condição estável na UTI, segundo hospital

RICARDO GALLO DE SÃO PAULO

O ex-médico Daniel Edmans Forti estava com três revólveres e uma faca de caça quando tentou matar o urologista Anuar Mitre.

O crime ocorreu na segunda-feira (15), no consultório de Mitre, em frente ao hospital Sírio-Libanês, na Bela Vista (região central de SP).

Segundo a Polícia Civil, Forti atirou em Mitre quatro vezes e acertou três --uma na cabeça. Depois, se suicidou com um tiro na cabeça.

O atirador era paciente de Mitre, que está na UTI do Sírio, sedado, em condição estável e sem previsão de alta, segundo divulgou o hospital.

Os médicos retiraram a bala e constataram não ter havido dano cerebral. Agora, monitoram o estado do paciente diante do risco de infecção.

Forti atirou em Mitre com um revólver calibre 38.

O atirador também levava outro 38, uma pistola semiautomática Ceska calibre 6,35 milímetros, feita na República Tcheca, e uma faca Amazonas, segundo a Polícia Civil.

Duas das armas estavam em nome de outra pessoa, um homem. Forti carregava a identidade dessa pessoa.

MOTIVAÇÃO

A motivação do crime não está clara. Uma das suspeitas da polícia é que Forti havia recebido do urologista a notícia de que ficara impotente e, inconformado, atacou o médico. Mitre havia lhe operado de um problema na uretra.

Policiais estão em busca do prontuário médico de Forti. Desde segunda, quatro pessoas prestaram depoimento.

Uma delas, secretária de Mitre, disse que o atirador tinha depressão, tomava remédios controlados e ligava com insistência para o consultório. Afirmou também que ele havia dito a um familiar que pensava em se suicidar.

A família de Forti tem uma importadora de pneus no Tatuapé (zona leste).

Ontem (16/9), a secretária da empresa disse que o atirador não frequentava o escritório e que a família não comentaria o caso. Ele foi sócio da firma até 2005, quando vivia em um prédio de classe média em Santa Cecília (centro).

Forti também foi médico do trabalho, formado pela Universidade São Francisco, em São Paulo. O registro de médico foi cancelado a pedido dele, diz o Conselho Regional de Medicina do Rio, sem ter havido justificativa.


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