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Comerciantes aprovam ação da PM; concentração diminui na área

RAPHAEL SASSAKI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

No quarto dia de operação na cracolândia, os grupos de usuários de crack que costumavam ser vistos nas ruas diminuíram. Muitos migraram para bairros vizinhos.

Comerciantes da região comemoraram. "Antes os clientes tinham medo de vir até aqui, agora até o ar melhorou", disse Luís Diniz, 53, dono de uma loja de guarda-volumes para pessoas que vêm de outros Estados fazer compras na área, onde há desde lojas de peças de motos e carros até estabelecimentos de eletroeletrônicos.

"É óbvio que a 'limpeza' foi ótima para mim, mas isso aí é caso social, tem que ser resolvido pelos governantes que criaram a situação", disse Silene Saad, 51, dona de um bar ao lado de um cortiço fechado pela operação.

"Sempre teve craqueiro, mas a situação só chegou neste ponto depois das desocupações da prefeitura que botaram famílias inteiras na rua", disse ela.

Em frente ao largo Coração de Jesus, bem no meio da cracolândia, o funcionário do centro social da igreja, Carlos, 62, também fazia ressalvas ontem em relação à possível eficácia da operação.

"Tudo quanto é coisa ruim acontecia aqui e ninguém fazia nada. O brasileiro vai deixando crescer, aumentar, até virar um grande problema e ter que cortar violentamente. Você acha que prender alguém que não tem perspectiva na vida resolve alguma coisa?", afirmou ele.

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