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Julio Croce (1918-2014)

Tinha alergia a gente antipática

ANDRESSA TAFFAREL DE SÃO PAULO

Um dos maiores especialistas brasileiros em alergias, Julio Croce sempre tinha um monte de pacientes para atender e outras dezenas de estudantes para dar atenção, mas nada disso era capaz de abalar sua tranquilidade.

Fazia questão de todos os dias dar sua caminhada matinal e de almoçar com a mulher, Maria Antonieta, com quem era casado desde 1951.

Dedicado às pesquisas, estudou em Londres e na Alemanha. Tornou-se referência, inclusive internacionalmente, no tratamento das mais diversas doenças alérgicas, apesar de, na clínica que dividia com a mulher, tratar mais de casos de asma e bronquite.

Deu aulas em universidades como a USP, onde ocupava a cadeira de alergia e imunopatologia, e foi diretor do Serviço de Imunologia do Hospital das Clínicas.

Participava ainda de várias entidades da área. Era um dos fundadores da atual Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia e ocupou a presidência da Sociedade Internacional Interasma e a vice-presidência da Sociedade Internacional de Alergia e Imunologia Clínica.

Ajudou a identificar, por exemplo, os principais ácaros existentes na poeira que circula dentro das casas de diversos lugares do Brasil.

Aliás, tinha sua própria alergia: a gente antipática.

Morreu na segunda-feira (29), aos 96 anos, de problemas decorrentes da idade. Deixa a viúva, os filhos, Marcos, Julio e Ciro, e netos.

A missa do sétimo dia será realizada às 17h deste domingo (5), na paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, no Jardim Paulistano.


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