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Governo de SC recorre à Força Nacional para conter ataques
Pedido de ajuda foi feito a ministro da Justiça, que foi a Florianópolis
Onda de atentados, iniciada há uma semana, já atinge 26 cidades; Estado diz que prendeu 44 suspeitos
No dia em que a nova onda de ataques a ônibus e instalações da polícia completou uma semana, o governo de Santa Catarina decidiu pedir ajuda da Força Nacional de Segurança para tentar restabelecer a ordem.
Segundo a assessoria do governo, o pedido foi formalizado nesta sexta (3), em encontro do governador em exercício, Nelson Schaefer Martins, com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, em Florianópolis.
A data e o número de agentes que serão enviados ao Estado não foram revelados. De acordo com o governo, as equipes serão usadas principalmente para apoiar a PRF (Polícia Rodoviária Federal) e a PF (Polícia Federal).
Será a segunda vez em dois anos que o Estado pede ajuda à Força Nacional para conter esse tipo de ocorrência. No ano passado, as tropas chegaram duas semanas após o início dos ataques e foram usadas nos presídios e na transferência de detentos a penitenciárias federais.
Quarenta e três criminosos, a maioria ligada ao PGC (Primeiro Grupo Catarinense), foram levados a unidades prisionais de Mossoró (RN) e de Porto Velho (RO).
O PGC é o maior grupo criminoso do Estado. O governo atribui a eles os ataques de 2013 e 2012, que somaram 182 ocorrências em 54 cidades.
Neste ano, segundo a Polícia Militar, 72 ocorrências em 26 cidades haviam sido registradas até as 19h desta sexta, incluindo a prisão de suspeitos de participar dos ataques.
Segundo o governador em exercício, a polícia local prendeu 44 suspeitos desde o início dos ataques e identificou mandantes dos crimes dentro e fora das penitenciárias.
Antes da reunião com o ministro, Schaefer Martins disse que "a força policial do Estado tem controle da situação", mas "diante da repetição dos ataques é necessária atuação em conjunto com o governo federal".