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Prefeitura tem de 'desenhar' a cidade, diz urbanista

Diretor de Harvard está em SP para simpósio

VANESSA CORREA DE SÃO PAULO

Para melhorar a qualidade de vida dos cidadãos, a prefeitura deveria "desenhar" o que a cidade precisa, e não deixar a iniciativa privada construir do jeito que quer, acredita Mohsen Mostafavi, 60, diretor da Faculdade de Design e Arquitetura da Universidade Harvard, nos EUA.

Quando Mostafavi propõe que o poder público faça mais projetos arquitetônicos em vez de apenas dar diretrizes sobre o que se pode construir na cidade, ele não está falando de controlar a especulação imobiliária, mas de promover o que chama de urbanismo ecológico.

Esse tipo de urbanismo, diz o iraniano-americano, é diferente do chamado urbanismo sustentável.

"Quando se pensa sobre sustentabilidade, o foco é a economia de recursos naturais. Esse tipo de urbanismo fica um pouco restrito a questões como economia de energia, de água, coisas quantificáveis", explica.

Já no urbanismo ecológico, a ideia é combinar ética, política e estética, considerando a limitação de recursos naturais na hora de projetar a cidade. "Não é só gastar menos, mas gastar menos melhorando a qualidade de vida", afirma.

Para ele, a cidade é também o lugar da política, e o encontro dos cidadãos no espaço público é importante para a democracia. Por essa razão, urbanistas deveriam projetar espaços que levam isso em conta.

Como exemplo de espaço propício para esse encontro, Mostafavi cita o Sesc Pompeia, projeto da arquiteta ítalo-brasileira Lina Bo Bardi, que visitou no domingo (13).

"É um espaço muito usado, desde a área da piscina até a biblioteca. Há uma atmosfera particular."

Mostafavi participa do Simpósio Internacional de Urbanismo Ecológico, nesta terça-feira (14), no Centro Cultural São Paulo (rua Vergueiro, 1.000, Paraíso, zona sul).

Ao final do evento, será lançado o livro "Urbanismo Ecológico" (GG, 656 págs., R$ 120), organizado por ele, em parceria com Gareth Doherty, também de Harvard.


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