Crise da água
Sem água, Unicamp fecha restaurante
Universidade teve 30 setores atingidos pelo desabastecimento; 367 mil pessoas foram prejudicadas em Campinas
Sanasa, que fornece água no município, nega racionamento; PUC e áreas nobres foram atingidas
A crise no abastecimento de água em Campinas (a 93 km de São Paulo) afetou 367 mil pessoas nesta sexta (17), boa parte em áreas nobres.
Até então, apenas as regiões mais altas e os bairros afastados estavam sendo prejudicados na cidade de 1,1 milhão de pessoas, ficando até seis dias sem água.
Os dados são da Sanasa (empresa mista de água e esgoto). Apesar de divulgar antecipadamente quais bairros ficarão sem abastecimento, a empresa nega racionamento.
Hoje, parte da Unicamp ficou sem água. Ao menos 30 institutos, faculdades e órgãos foram atingidos, segundo a reitoria, com exceção da área de saúde.
O restaurante administrativo foi fechado e a moradia estudantil, que fica fora do campus, ficou sem água.
O desabastecimento atinge também um dos três campi da PUC-Campinas, os hospitais Centro Médico e Boldrini, em Barão Geraldo (distrito onde também ficam a Unicamp e a moradia estudantil) e começa a chegar a bairros e condomínios nobres. O shopping Galleria foi afetado.
"Cheguei às 9h para abrir a lavanderia e já não tinha água", diz o empresário Denny Cesare, 43, que tem uma lavanderia na região
"O dia foi perdido. Avisei os clientes na página da loja e coloquei um aviso na porta. Amanhã não sei se vou conseguir abrir de novo."