Obras começam a mudar trecho da marginal Pinheiros
Meta é distribuir melhor tráfego após adensamento populacional, diz prefeitura
Até 2018, serão duas pontes, corredores de ônibus e prolongamento de via; trabalhos já afetam o trânsito
Uma intensa transformação na estrutura viária e urbana na porção ao sul da marginal Pinheiros começa a ganhar seus primeiros contornos e chamar a atenção de quem passa pela região.
São grandes estruturas de concreto que vão abrigar duas pontes, passarelas de pedestres e ciclistas, além de obras para ampliação de vias.
Nas redondezas, também estão em andamento futuros corredores de ônibus --Berrini e Santo Amaro-- e desapropriações para o prolongamento da av. Chucri Zaidan até a av. João Dias, que servirá de alternativa à marginal.
Por enquanto, porém, para os motoristas que transitam pela região, o impacto é no trânsito parado em vários momentos do dia devido ao afunilamento de pistas.
A SPObras, órgão da prefeitura responsável pelos trabalhos, avalia que uma "grande transformação" na lógica de tráfego e circulação de pessoas vai ocorrer nos bairros de Santo Amaro, Chácara Santo Antônio, Brookiln, Panambi, Paraisópolis, entre outros pontos da zona sul.
"Há hoje um grande gargalo de trânsito nessa região, que teve um adensamento populacional importante nos últimos anos. As obras pretendem distribuir melhor o tráfego, de uma maneira mais estratégica de circulação, e não ponto a ponto", diz o secretário de Infraestrutura Urbana e Obras, Roberto Garibe.
PONTES
Como contrapartida por geração de tráfego, a construtora Odebrecht, que está fazendo um complexo empresarial na região, está arcando com os custos e erguendo a ponte Itapaiúna, que levará do Panambi até a Chucri Zaidan e à marginal, no sentido centro.
A outra ponte, a Laguna, terá 105 m sobre o rio Pinheiros e 365 m de extensão no total. Terá ciclovia e passarela de pedestres e fará a rota inversa da primeira ponte, levando o motorista para o bairro.
Ambas as construções terão sentido único e têm previsão de entrega no início de 2016, mas a região ainda deverá conviver com obras até o final de 2018.
Bases de sustentação e rampas de acesso das futuras vias elevadas já são aparentes. Parte dos canteiros está fechada e sendo mexida e diversas árvores, como palmeiras imperiais, estão sendo reposicionadas. Uma praça será implantada próximo do acesso à ponte Laguna.
"As pontes, a ampliação de vias funcionam como um analgésico leve. São grandes obras para ampliar a circulação e não para privilegiar a cidade que está em volta", diz Valter Caldana, diretor da FAU-Mackenzie.