José Hélio Musitano Pirágine (1923-2014)
As aulas, o direito e a Santa Casa
No começo da década de 1990, ao se aposentar, José Hélio Musitano Pirágine não quis saber de ficar parado. Começou um trabalho filantrópico na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo que tomaria seu tempo até quase os últimos dias de vida.
Entre os diversos cargos que ocupou, chegou a ser vice-provedor, espécie de vice-presidente da instituição.
Também fez parte da diretoria da Fundação Arnaldo Vieira de Carvalho, mantenedora da faculdade de medicina da Santa Casa.
Antes de se dedicar às atividades voluntárias, foi advogado e professor. Era formado também em filosofia, mas as primeiras aulas que ministrou foram de matemática, na escola que seu pai teve em Jaú, no interior de São Paulo, onde morou durante a infância --era paulistano.
Quando não estava trabalhando, passava o tempo com a família. Reunia todos sempre que possível, em São Paulo ou na casa de praia, ou dava uma passadinha na casa de um dos quatro filhos.
Descendente de italianos, apreciava massa e não deixava de tomar uma taça de vinho todos os dias. Caipirinha e perna de cabrito eram outras iguarias de que gostava.
Também lia muito jornais e livros e era conhecido por escrever e falar muito bem.
Com a saúde bastante debilitada, morreu no dia 18, aos 91 anos. Deixa os quatro filhos, Vilmar, Altéia, Lenira e Hélio, dez netos, quatro bisnetos e três irmãos.
Desde 1996, era viúvo de Rachel, que ele conheceu durante uma peça de teatro na universidade, quando fizeram o papel de marido e mulher. Casaram-se em 1948.