Três PMs são mortos, e governo do Rio entra em alerta
Casos do final de semana se somam ao assassinato de um cabo do Exército, na sexta (28); secretário convoca reunião com a polícia
Três policiais militares foram mortos na noite de sábado (29) no Rio. Os três estavam de folga e, segundo informações da PM, foram mortos em tentativas de assalto. Num dos ataques, uma criança de dois anos foi baleada.
Os assassinatos, que completam seis casos contra agentes de segurança em seis dias, acendeu o alerta na cúpula da Segurança Pública.
O secretário José Mariano Beltrame vai se reunir com membros das polícias Civil e Militar para discutir um plano de ação contra os ataques.
Entre policiais circula a informação de que a ordem dos homicídios partiu do traficante Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco, que está em um presídio federal, em Campo Grande (MS).
O objetivo do traficante seria, segundo a versão, retaliar agentes pelo sequestro de seu filho, Diego Alves dos Santos, o Maluquinho, 30, supostamente organizado por policiais. De acordo com os relatos, assassinos de PMs recebem recompensa de R$ 3.000.
Durante a semana, outros dois PMs foram mortos em supostas tentativas de assalto. Num dos casos, o corpo do soldado Ryan Procópio, 23, apresentou sinais de tortura.
Houve também a morte do cabo do Exército Michel Mikami em patrulhamento no Complexo da Maré. Ele foi enterrado ontem em Vinhedo.
Em nota, a Secretaria da Segurança negou vínculo entre as mortes. A pasta afirma que a Subsecretaria de Inteligência não identificou ordens de traficantes em presídios para execução de PMs.
"A princípio foram tentativas de assalto. Mas não interessa. São policiais, servidores do Estado, e nós vamos atrás dos autores desses episódios. Teremos uma reunião onde pretendemos articular ações", disse Beltrame.
PMs já começam a alterar sua rotina para evitar ataques. No 7º BPM (São Gonçalo), por exemplo, o comando orientou patrulhamento reforçado em ruas onde moram PMs. Há uma passeata de agentes marcada para o próximo dia 14.