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Bartolomeu Campos de Queirós (1944-2012)

Incentivar leitura era seu prazer

DE SÃO PAULO

Não havia prazer maior para Bartolomeu Campos de Queirós do que convencer alguém a abrir um livro -seja de outros autores ou dele próprio, já que o mineiro deixou mais de 40 publicados, muitos deles voltados ao público infantojuvenil.

Queirós nasceu em Pará de Minas, em 1944. No início dos anos 1950 mudou-se para Belo Horizonte.

Solteiro até o fim da vida, sem filhos, dedicou sua vida aos livros, produzindo ou divulgando-os.

"Era muito afetuoso. Vivia cercado de amigos. Tinha uma energia inesgotável, estava sempre disposto a debater, a receber leitores", diz Olavo Romano, seu companheiro na Academia Mineira de Letras.

Queirós estreou na literatura em 1971, com "O Peixe e o Pássaro". No ano seguinte mudou-se para Paris, onde estudou arte e educação.

Voltou ao Brasil em 1975, e passou a se dedicar a programas de incentivo à leitura.

Trabalhou no Ministério da Cultura e participou de projetos culturais da Biblioteca Nacional, como o Proler. Em 1999, lançou o manifesto do Movimento por um Brasil Literário. Por sua atuação, recebeu homenagens na França e em Cuba.

Também por sua carreira literária recebeu inúmeros prêmios, como o Jabuti por "Sei por Ouvir Dizer" (2007).

"Vermelho Amargo", (ed. Cosac Naify, 2011), inspirado em sua própria infância, foi o último livro que publicou.

Queirós morreu ontem, aos 67 anos, em decorrência de insuficiência renal, em Belo Horizonte. Deixou um livro inédito, que vai ser lançado pela Cosac Naify.

coluna.obituario@uol.com.br

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