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Mulher de secretário diz ter vida 'bem normal' LUIZA SOUTOCOLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO Fazia um sol de rachar quando o secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, 54, subiu o morro do Turano, no Rio Comprido (zona norte), para inaugurar uma oficina de reciclagem. Quando a caravana chegou, os moradores foram até uma mulher bonita, sem maquiagem ou joias, ao lado dele. Ela é Rita Paes, 46, casada com Beltrame há oito anos. Professora de educação física, Rita trabalha na ONG Rio Solidário, ligada à Casa Civil estadual. Sua função é levar projetos sociais às comunidades que receberam UPPs. "Sempre trabalhei em áreas assim. Sou professora do Estado, entendo um pouquinho da rotina dessa população." Mãe de três filhos -dois adotivos e o caçula, de dois anos-, ela conta que o marido ajuda bastante na rotina doméstica. "Ele dá banho, mamadeira, troca fralda." Quando se conheceram, Rita já havia adotado os sobrinhos-netos Luiza, 19, e Guilherme, 15. Ele tinha dois filhos do primeiro casamento -um mora agora no Rio. A gravidez não estava nos planos, mas... "Sabe aquela viagem para relaxar? Decidimos fazer e veio o Francisco." O casal se conheceu na quadra do Salgueiro (zona norte) -a única vez, diz ela, que ele pisou numa escola de samba. Mariano, como Rita se refere ao marido, trabalhava na PF. Dali veio o namoro que, pouco depois, virou casamento. Em público, o gaúcho Beltrame está sempre sério. Mas, diz a mulher, isso escudo profissional. "Ele é tímido sim, mas é divertido, até mais falante do que eu." Moradores de Ipanema (zona sul), são caseiros, segundo Rita. "Mas é fácil encontrar a gente tomando chopinho, comendo uma pizza. A gente leva uma vida bem normal." Rita garante não ter medo do trabalho do marido. "A gente toma cuidado." O sol não dá sinais de ceder. Rita compra picolés e leva um para o marido. Percebe que está sendo fotografada e faz graça: "Bem suburbana, não é?", brinca a carioca de Madureira, berço de sua Portela. Texto Anterior | Índice | Comunicar Erros |
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