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Uma casa é assaltada em São Paulo a cada 4 horas

Nos primeiros 15 dias deste ano, a capital do Estado registrou 93 crimes

Região da zona leste foi onde aconteceram mais roubos contra residências: foram 47, em só uma quinzena

ANDRÉ CARAMANTE
DE SÃO PAULO

A cada quatro horas, uma residência é roubada na cidade de São Paulo. É o que apontam dados dos setores de inteligência das polícias Civil e Militar obtidos pela Folha.

Os crimes ocorreram entre os dias 1º e 15 deste mês.

No período, as 93 delegacias de polícia da capital registraram 93 casos.

A maior concentração de roubos foi na Penha, zona leste. A delegacia do bairro, o 10º DP, registrou oito casos.

Questionada pela Folha, a Secretaria da Segurança Pública não informou quantos roubos contra residências ocorreram na primeira quinzena de janeiro de 2011.

"A Secretaria da Segurança Pública publica mensalmente, no dia 25, os dados da criminalidade. Lembramos que, para a divulgação, a modalidade de crime 'roubo a residência' está incluída na categoria roubo (outros)", informou o governo em nota.

Em 2010, os roubos a residências somados aos furtos chegaram a 2.560 na capital -média de um caso a cada três horas e meia. Os dados agora revelados pela Folha, porém, excluem os furtos -quando o assalto ocorre sem que a vítima perceba.

Na primeira quinzena deste ano, a zona leste foi a área com mais roubos contra residências: 47. A zona sul teve 21; norte e oeste, 12; a região central, apenas um caso.

Para Marcos Carneiro Lima, chefe da Polícia Civil, os roubos contra residências têm sido objetivo de quadrilhas que antes atacavam estabelecimentos comerciais.

"O criminoso quer facilidade, uma fuga mais fácil. Num comércio, com câmeras e menos dinheiro, porque hoje muitas compras são feitas com cartões, ele está mais vulnerável. Dentro da casa, ele se sente mais seguro".

Segundo o policial, a expansão econômica do Brasil faz com que as famílias tenham mais bens em suas casas e isso "chama a atenção dos ladrões, que também buscam joias e até armas nas residências que invadem".

De acordo com Álvaro Camilo, comandante da PM, o combate ao crime contra o patrimônio é a prioridade.

Camilo afirma que as polícias usam os dados estatísticos sobre os crimes para direcionar o policiamento.

"Além do aparato policial, precisamos da população para denunciar os criminosos. Por isso, fazemos trabalho forte com os Consegs [Conselhos de Seguranças]."

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