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Cracolândia começa a ficar vazia, afirma PM

Comandante da operação diz que número de usuários de drogas caiu pela metade

Secretaria diz que 106 dependentes foram internados desde o dia 3, quando começou a ação policial na região

DE SÃO PAULO

O número de usuários de crack na cracolândia, região central de São Paulo, estimados em mais de 400 pessoas, caiu para menos da metade desde o início da operação, segundo estimativa feita ontem pela Polícia Militar.

De acordo com o comandante da PM na região, Pedro Borges, a queda é fruto das internações e encaminhamentos assistenciais e de saúde, além das prisões.

Técnicos da prefeitura estimam um grupo de cerca de 60 pessoas que ainda permanece na região. Borges diz que esse número dos técnicos pode estar correto, mas que ainda não há um levantamento exato sobre isso.

"Hoje, não há mais grupos de usuários de drogas formados e houve uma redução significativa", disse o policial.

Até o final da tarde de ontem, 140 pessoas foram presas na cracolândia e 43 condenados foram capturados.

De acordo com a Secretaria Municipal da Saúde, 106 usuários de drogas foram internados desde o início da ação da PM, no dia 3.

Até hoje, foram realizadas 2.367 abordagens e 436 encaminhamentos a unidades de saúde. A secretaria afirma que possui 1.200 leitos psiquiátricos em hospitais-gerais, comunidades terapêuticas ou em sua clínica própria, o Said (Serviço de Atenção Integral ao Dependente).

O número de internações supera a média nos meses anteriores à ação: de julho de 2009 até antes do início da operação, foram 2.888 internações de usuários no centro de São Paulo -média de 96 registros por mês.

A operação foi desencadeada no dia 3 e não tem prazo para terminar.

Conforme a Folha revelou, a polícia vem recebendo uma média de um telefonema a cada meia hora reclamando da migração de usuários para outros bairros da cidade.

Borges informou que parte dessas ligações são sobre moradores de rua que já estavam instalados nesses locais, mas só agora foram percebidos. Nesses casos, a PM não faz nada. "Morador de rua não é problema de polícia."

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