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Motorista bate carro, dá voz de prisão a PMs e acaba detido Após colisão, administrador disse ser parlamentar e ofereceu propina a policiais para não ser preso, segundo a polícia Ele é acusado de corrupção ativa, de desacato e de dirigir com a carteira vencida e embriagado GIBA BERGAMIM JR.DE SÃO PAULO ''Sou parlamentar. Vocês estão presos", bradou, segundo a polícia, o administrador Fabio Claro Figueira de Melo, 47, a policiais militares após bater seu carro em alta velocidade contra uma Kombi parada na av. Engenheiro Luís Carlos Berrini, no Brooklin (zona sul). O acidente, à 1h30 de ontem, feriu uma mulher. Minutos depois, Melo é quem acabou na cadeia. Além da suspeita de que dirigia embriagado, é acusado de oferecer R$ 1.000 aos PMs para que não fosse preso. Nem vereador nem deputado nem senador, Melo era até ontem filiado à Ordem dos Parlamentares do Brasil (OPB), da qual foi expulso. Além disso, dirigia com a carteira vencida. O carro dele, um Volkswagen Bora, acumula R$ 11 mil em multas. Policiais que faziam ronda na avenida viram quando o carro atingiu a Kombi do entregador de revistas José Roberto Salomão, 54. O veículo pegou fogo com a sogra dele, Claudete Triginelli, 51, dentro. Socorrida pelos PMs, ela teve ferimentos leves. "Eu estava na calçada, colocando as revistas na banca, quando ele bateu. Ele desceu do carro e veio para cima de mim. E falou: 'Algum problema aí?' E o meu carro pegando fogo", afirmou Salomão, que escapou ileso. Ele diz que os PMs tentaram acalmar Melo. "Pois ele disse que era parlamentar e deu voz de prisão aos policiais." Segundo os policiais, o administrador tinha claros sinais de embriaguez: dificuldade para caminhar, fala pastosa, olhos vermelhos e odor etílico. Melo também tentou impedir, afirmam os PMs, que o veículo fosse revistado. "É um carro oficial e não podem revistá-lo. Vocês não são nada", disse, conforme os policiais. Depois que um amigo de Melo surgiu e afirmou que ele não era deputado, mas apenas filiado à OPB, os PMs o colocaram no veículo policial. De acordo com eles, no caminho até a delegacia, Melo ofereceu-lhes R$ 1.000, mas disse que não dispunha do dinheiro no bolso e, por isso, o amigo teria que pagar. Ainda dentro do veículo, ele recebeu voz de prisão, registrada depois pela delegada Leslie Petrus. Melo, que se negou a fazer o teste do bafômetro, vai responder às acusações de corrupção ativa, desacato, embriaguez ao volante, lesão corporal culposa (sem intenção), entre outros delitos. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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