Após 4 dias, garis continuam em greve no Rio
Categoria reivindica aumento de 40% no piso salarial; Comlurb oferece reajuste de 3%
A comissão de grevistas dos garis do Rio não aceitou a trégua proposta pelo Ministério Público do Trabalho na tarde desta segunda (16) para que as negociações de aumento salarial com a Comlurb (Companhia de Limpeza Urbana do Rio) fossem retomadas.
Os garis, representados pelo Sindicato dos Empregados das Empresas de Asseio e Conservação, estão parados desde a última quinta (12). Eles reivindicam aumento de 40% no piso. A Comlurb oferece aumento de 3%, alegando reajuste de 44% no ano passado.
A categoria tem cerca de 24 mil profissionais. Eles prestam serviços de limpeza urbana, poda de árvores, preparação de alimentos em colégios e atividades administrativas.
A Justiça do Trabalho determinara que a associação mantivesse 75% dos trabalhadores na ativa. Segundo a Comlurb, porém, somente 50% do efetivo para limpeza e coleta tem saído às ruas para realizar os serviços.
Os bairros de Madureira (zona norte), Campo Grande e Santa Cruz (zona oeste) são os mais prejudicados.
Ainda segundo a companhia de limpeza, os grevistas estão impedindo a entrada de garis em algumas de suas agências. O sindicato nega que haja intimidação e diz orientar aos trabalhadores a manter o efetivo de 75% de garis trabalhando.