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2% admitem em pesquisa já terem usado crack

8% das pessoas dizem ter familiar viciado

DE SÃO PAULO

A pesquisa Datafolha mostra que 2% dos brasileiros com mais de 16 anos admitem já ter experimentado o crack. Isso significa cerca de 3 milhões de pessoas.

É pouco mais que o dobro da estimativa de usuários da droga no país (1,4 milhão), o que inclui também menores de 16 anos.

O percentual é maior na região Sul (3%) e entre os que têm baixa escolaridade (3% naqueles que no máximo concluíram o ensino fundamental e de 1% entre os que possuem nível superior).

Quando questionados se ainda usam a droga, o índice cai para zero, o que pode ajudar os que querem desmentir a ideia de que o crack é uma droga altamente viciante desde o primeiro contato.

O percentual é o mesmo encontrado numa pesquisa feita nos Estados Unidos em 2001 -2% da população com mais de 12 anos daquele país afirmou que já havia fumado crack ao menos uma vez na vida.

Mas o contato com a droga tem caído nos Estados Unidos, ao contrário do que acontece no Brasil, mostram outras pesquisas.

Em 2002, 337 mil americanos afirmaram ter experimentado crack no ano anterior.

O número caiu para 83 mil em 2010.

FAMÍLIA

Outro dado que mostra a penetração do crack no Brasil é que 8% dos entrevistados pelo Datafolha dizem ter alguém na família que atualmente usa a droga.

Numa entrevista recente, até o diretor do Denarc (Departamento de Investigações sobre Narcóticos da Polícia Civil de São Paulo), Wagner Giudice, disse ter um primo viciado em crack.

USO E CRIME

O levantamento do Datafolha mostra também que a posição do brasileiro com relação às drogas, principalmente a maconha, não mudou nos últimos anos.

Hoje, 77% dizem que fumá-la deve continuar a ser crime.

É quase o mesmo percentual apurado em agosto de 2006 (79%) e em março de 2008 (76%).

O índice era um pouco mais alto há 17 anos, em março de 1995 (81%).

O maior percentual de pessoas a favor da descriminalização é encontrado na região Sul (25%). O menor, no Nordeste (16%).

Sobre outras drogas ilícitas, 91% firmam que seu consumo deveria continuar proibido.

(VAGUINALDO MARINHEIRO)

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