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Mercadante assume Educação e promete lançar dois programas

Novo ministro diz que cargo não será usado como trampolim

RENATO MACHADO
DE BRASÍLIA

O novo ministro da Educação, Aloizio Mercadante, assumiu o cargo ontem anunciando dois novos projetos para a área. Ele garantiu que não vai usar o ministério como "trampolim para projetos pessoais ou partidários".

Mercadante substitui Fernando Haddad, que estava no cargo desde 2005. Ele será candidato do PT a prefeito de São Paulo nas eleições.

"A minha gestão não será um trampolim para projetos pessoais ou partidários. Será, sim, uma alavanca suprapartidária para a melhoria da educação brasileira, assim como aconteceu no Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação", disse.

"A quem vier não perguntarei por partidos ou ideologias, mas eu demandarei com rigor competência técnica e espírito público e comprometimento com o país."

Mercadante lançou duas propostas para a área de educação. Ambas vinham sendo trabalhadas pela gestão Haddad, mas não chegaram a ser formatadas e divulgadas.

Uma das propostas é o programa Alfabetização na Idade Certa, que terá o objetivo de intensificar o ensino de crianças com até oito anos.

"O custo, depois [dos oito anos], de você recuperar pedagogicamente é muito alto e o risco é muito grande. Nós perdemos essa criança e ela simplesmente abandonará a escola", disse.

O ministro afirmou que pretende também tirar do papel o projeto para a realização de um exame nacional para os professores e também trabalhar em conjunto com Estados e municípios na contratação desses profissionais.

O outro programa anunciado é destinado para a população no campo e se chamará Pronacampo.

Fernando Haddad já havia informado que sua gestão estava formatando um programa com ações para esse público, considerado um grande desafio para reduzir os índices de analfabetismo.

O novo ministro também disse que vai brigar por recursos do pré-sal.

Sobre o Enem, Mercadante fez a mesma defesa já feita pelo seu antecessor e também pela presidente Dilma Rousseff, dizendo que é um grande mecanismo para democratizar o acesso ao ensino superior. No entanto, reconheceu que é preciso "aprofundar os esforços para aprimorar a sua aplicação".

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