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Mário Ribeiro Cantarino Filho (1930-2012)

O professor e os livros de esporte

ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO

Em março de 2009, o "Jornal Nacional" tornou conhecida a história de Mário Cantarino, um professor de educação física que, em 60 anos, formou uma das maiores bibliotecas privadas do país só com obras sobre esporte.

Eram cerca de 5.000 itens, alguns raros, como um livro datado de 1888. Ao saber da existência do acervo, a Ufes (Universidade Federal do Espírito Santo), onde dera aulas, comprou-o por R$ 42 mil.

"Eu sei que vou sentir muito, já estou sentindo, mas sei que será bem aproveitado. E se amanhã eu quiser ler um livro, pego um avião e vou até Vitória", brincou em 2009, em entrevista à TV Globo.

Guardou algumas obras, como a que possui a dedicatória de Joaquim Cruz, ouro nas Olimpíadas de Los Angeles (1984) nos 800 metros rasos. Mario ajudou a revelá-lo.

Natural de Niterói (RJ), filho de um funcionário do Instituto Brasileiro do Café, formou-se em educação física na Universidade do Brasil.

Nos anos 1960, foi dar aulas na Ufes, onde ficou por mais de dez anos. Em meados dos anos 1970, entrou para a UnB. Lecionou até 1991.

Pesquisador, escreveu recentemente um livro sobre imigração japonesa e esporte. Também estudou história, insetos, cemitérios e organizou um congresso de malacologia (estudo dos moluscos). Chegou a presidir uma federação de paraquedismo.

Gostava de viajar (conheceu Antártida, Groenlândia e Islândia) e fez um trabalho extenso sobre a genealogia de sua família, portuguesa.

Casado, morreu no sábado (21), aos 81, em decorrência de um câncer. Teve cinco filhos, 14 netos e três bisnetos.

coluna.obituario@uol.com.br

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