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Hospital Sírio-Libanês passa a gerir duas unidades de saúde estaduais

Ambulatório de especialidades e hospital do Grajaú serão terceirizados; contrato é de 5 anos

Sírio receberá cerca de R$ 115 milhões anuais do governo; modelo de gestão é alvo de críticas do Ministério Público

CLÁUDIA COLLUCCI
DE SÃO PAULO

O Hospital Sírio-Libanês começa a administrar duas unidades de saúde estaduais, um hospital e um ambulatório, na zona sul de São Paulo. O contrato, de cinco anos, será assinado hoje.

A gestão do Hospital-Geral do Grajaú e do AME (Ambulatório Médico de Especialidades) Interlagos é por meio de uma OSS (Organização Social de Saúde). O Sírio receberá cerca de R$ 115 milhões anuais do governo do Estado.

Os serviços atendem a uma população de mais de 2 milhões de habitantes que moram entre os bairros Capela do Socorro e Parelheiros.

Atualmente, 37 hospitais e 38 ambulatórios do Estado são administradas por OSS. O modelo, adotado desde 1998, é alvo de críticas do Ministério Público, que aponta falhas no sistema de controle do dinheiro público investido. "As formas de controle são precárias e não há transparência dos gastos", afirma Arthur Pinto Filho, promotor de direitos humanos da área da saúde pública.

Recente relatório do Tribunal de Contas do Estado também mostrou que as unidades de saúde geridas por OSS custam até 40% a mais do que aquelas administradas pelo Estado.

O secretário de Estado da Saúde, Giovanni Guido Cerri, reconhece a necessidade de aprimorar os mecanismos de controle das OSS e disse que uma empresa de consultoria ajudará o Estado a partir do próximo mês.

O hospital do Grajaú é referência em maternidade de alto risco e de atendimento de média complexidade.

"O volume de emergências 'estrangula' os atendimentos eletivos. Equacionar isso é um dos desafios do novo gestor", afirma Cerri.

Sergio Zanetta, diretor de filantropia do Sírio, diz que a instituição já está trabalhando em projetos para melhorar essa questão. Outra meta, segundo ele, é aprimorar a qualificação dos profissionais das unidades.

O contrato de gestão do hospital prevê 14.496 internações e 288 mil atendimentos de urgência no primeiro ano. A expectativa é que também seja ampliado o número de cirurgias feitas pelo AME.

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