Alaur Alfredo Figaro (1931-2015)
Engenheiro que ligou países da América do Sul
"Perdemos o nosso mestre." Diana, mulher de Alaur Alfredo Figaro, escutou a frase de muitos profissionais que trabalharam com o marido dela, pouco depois dele morrer.
Até mesmo durante as reuniões na casa do engenheiro, seus colegas de trabalho na construtora Hidroservice, que acabou fechando, referiam-se a ele como mestre, por causa de sua expertise.
Nasceu em Bauru, 329 km distante de SP, onde passou a infância com seus dois irmãos mais velhos. Já dizia que queria se tornar engenheiro, por influência do pai, Alfredo, dono de uma construtora.
Adolescente, foi mandado pela família à capital para ser interno do Colégio Marista Arquidiocesano, buscando uma educação melhor para conseguir entrar numa faculdade.
A aposta deu certo: cursou engenharia civil na UFPR (federal do Paraná), onde se graduou em 1956. Em seguida, foi convidado a trabalhar na área, principalmente com construções rodoviárias.
Casou-se em 1981, cinco anos após conhecer a futura esposa na casa de amigos, em Bagé (RS), onde morou para administrar a execução da linha férrea Rio Grande-Cacequi, corredor de exportação.
Rodou pela América Latina para chefiar obras como algumas estradas ligando o Chile à Bolívia, país onde morou por 12 anos, em cidades como La Paz e Cochabamba. Dizia gostar do serviço, apesar de reclamar dos longos períodos fora do Brasil.
Vinha tendo problemas respiratórios desde abril. Morreu no dia 30, aos 84 anos, após uma parada cardiorrespiratória relacionada às deficiências pulmonares. Deixa a mulher e sobrinhos.