Calçadas de subprefeituras têm buracos, quinas e pouco espaço

A manutenção de calçadas, alvo de uma lei que entrou em vigor neste mês em São Paulo, enfrenta problemas nas subprefeituras da cidade.

A reportagem esteve em 20 das 31 regionais. Em todas encontrou alguma avaria, desde pequenas ondulações até buracos de quase 2 m. Das 20 subprefeituras visitadas, 13 tinham problemas graves.

Na regional da Freguesia do Ó (zona norte), um trecho de calçada de cerca de 20 m estava destruído, com grandes rachaduras e buracos.

De acordo com a lei, o dono do imóvel é responsável por reparos no piso.

"O duro é que a prefeitura vem nos cobrar primeiro em vez de fazer sua parte. Como as pessoas vão se animar em arrumar suas calçadas se não dá nem para andar na calçada de uma subprefeitura?", pergunta a dona de casa Dirce Ribeiro, 68 anos.

Nas subprefeituras da Vila Prudente e do Itaim Paulista, na zona leste, o tamanho dos buracos impressiona.

Na primeira, uma cratera de 1,80 m por 80 cm toma parte do passeio, que também é prejudicado por raízes de árvores que cresceram e levantaram o piso. As quinas formadas aumentam o risco de quedas e tropeços.

SEM ESPAÇO

No Itaim Paulista, além de um buraco de 1,5 m por 1 m, os pedestres têm que se encolher se quiserem passar. Na lateral do imóvel, a calçada mede, em alguns trechos, 65 cm.

O desrespeito à faixa mínima para passagem foi encontrada em seis subprefeituras visitadas. Esses locais não seguem sequer a legislação antiga, que definia em 90 cm o espaço mínimo para o pedestre. Pela nova lei, as calçadas terão que ser construídas com espaço livre de 1,20 m.

Assim como no Itaim Paulista, outras subprefeituras, como a do Jaçanã/Tremembé e a da Vila Maria/Vila Guilherme, têm as calçadas principais mais bem cuidadas na entrada do prédio, mas as laterais acumulam problemas.

Procurada, a Secretaria Municipal de Coordenação das Subprefeituras disse que todas as 31 regionais da cidade receberam ofício para realizarem reparos nas calçadas de suas sedes e, assim, "se adequarem o mais rápido possível à nova lei municipal".