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Avaliação do transporte piora, diz pesquisa

Metrô, trem, ônibus e micro-ônibus têm pior taxa dos últimos seis anos, segundo na ANTP

DE SÃO PAULO

A julgar pela avaliação dos passageiros, o transporte coletivo na cidade de São Paulo nunca esteve tão ruim.

Metrô, trem, ônibus e micro-ônibus municipais obtiveram a pior avaliação em uma pesquisa que a ANTP (Associação Nacional dos Transportes Públicos) faz anualmente desde 2005 na capital e na Grande SP. O relatório de 2011 saiu ontem.

No Metrô, por exemplo, caiu de 84% para 74% o número de usuários que considera o serviço excelente ou bom. O índice de ruim ou péssimo subiu de 5% para 10%.

A linha mais bem avaliada foi a recém-inaugurada 4-amarela; a pior, a 3-vermelha, a mais movimentada.

Em 2011, o metrô ganhou 1,3 milhão de passageiros, 500 mil dos quais só com a abertura das estações República e Luz, da linha 4-amarela, segundo a Secretaria dos Transportes Metropolitanos.

A má avaliação é justamente reflexo dos novos passageiros, diz Ailton Brasiliense Pires, presidente da ANTP. Com mais passageiros, trens ficam mais cheios, o que faz o conforto cair -e o passageiro acha o serviço pior.

Na CPTM, segundo a pesquisa, também caiu o índice de excelente/bom (de 54% para 48%) e subiu o de ruim/péssimo (de 18% para 22%)

Em nota, o Metrô disse ter obtido a maior avaliação entre todos os meios avaliados. Afirmou ainda ter R$ 6 bilhões em investimentos em 25,4 km de trilhos em linhas de trens e metrô. A meta, diz a companhia, é elevar a rede metroferroviária dos atuais 335 quilômetros para 402,7 quilômetros até 2015.

O estudo da ANTP revelou ainda que um dos líderes em rejeição são os ônibus municipais. Em 2010, 59% diziam que o serviço era ótimo ou bom; em 2011, apenas 40%. O percentual de ruim ou péssimo passou de 14% para 29%. Perdem apenas para os micro-ônibus, em que um terço dos entrevistados considera o serviço ruim ou péssimo.

PASSAGEIROS

Segundo Ailton Brasiliense Pires, a explicação está no fato de que, possivelmente, a demanda superou a oferta.

A SPTrans, responsável pelo transporte municipal em SP, nega: diz que a oferta de lugares nos horários de pico cresceu 4,6% de 2009 a 2011, superior à alta nos passageiros transportados (2,4%).

A empresa afirma também ter a meta de aumentar a velocidade dos ônibus em 15%.

A pesquisa sobre a imagem do transporte coletivo foi feita em duas fases. A primeira, entrevista qualitativa com seis grupos, e a segunda, 3.423 entrevistas (outubro e novembro de 2011).

Foram selecionados usuários do transporte coletivo. A margem de erro foi de dois pontos percentuais.

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