Secretaria faz críticas às condições no Pinheirinho

A Secretaria de Direitos Humanos da Presidência criticou ontem o atendimento a ex-moradores da invasão Pinheirinho, em São José dos Campos, no interior paulista.

Eles foram retirados do terreno em operação da Polícia Militar no dia 22, após determinação da Justiça estadual.

A invasão começou em 2004, num terreno da massa falida do grupo Selecta, do investidor Naji Nahas.

Em nota, a secretaria declarou que representantes de conselhos visitaram o município e constataram "diversas violações aos direitos humanos", como abrigos sem condições de higiene, saúde e alimentação adequada, alojamentos superlotados e "negligência psicológica".

Segundo a secretaria, a Prefeitura de São José dos Campos se comprometeu a melhorar as condições de saúde do abrigo em dois dias, aperfeiçoar a alimentação e disponibilizar atendimento psicológico, entre outros.

O Ministério Público ficará responsável por fiscalizar o cumprimento das medidas.

A reportagem não localizou representantes da prefeitura no início da noite.

A ONG Justiça Global disse que encaminhou hoje um relatório para a ONU e para a Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA (Organização dos Estados Americanos) na qual critica a "violação em massa" de direitos no Pinheirinho.