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Moradora do Pinheirinho acusa PMs de abuso sexual

Mulher disse à Promotoria ter sido obrigada a fazer sexo oral em policial

Oficial e 11 praças da Rota são investigados; corporação acha pouco provável que acusações sejam confirmadas

ANDRÉ CARAMANTE
DE SÃO PAULO

Uma moradora do Pinheirinho, área desocupada pela Polícia Militar em São José dos Campos (97 km de SP), acusa 12 PMs que participaram da ação de abuso sexual. Ela fez a denúncia ao Ministério Público Estadual.

A Corregedoria da corporação informou que os 12 -um oficial e 11 praças da Rota, a tropa de elite da PM paulista-, serão investigados.

A moradora afirmou ao Ministério Público que, horas após a desocupação da área, às 3h30 do dia 23 de janeiro, um policial da Rota obrigou-a a fazer sexo oral. Ela também acusou os PMs de terem tocado suas partes íntimas.

Essa moradora, segundo o comando da PM, é namorada de um rapaz que foi preso durante a operação da Rota naquela madrugada e é suspeito de integrar um grupo que portava arma e drogas.

A PM disse que, embora tenha aberto a investigação, acha pouco provável que as acusações se confirmem.

Há relatos ainda de que os policiais militares comeram mantimentos e roubaram dinheiro de moradores.

E que um deles ameaçou um jovem de abuso sexual. "Presenciou o adolescente ser severamente agredido, tanto fisicamente quanto psicologicamente, ameaçando-o de empalação com um cabo de vassoura untado de creme e pomada", narrou a moradora à Promotoria.

Moradores dizem ainda que os policiais consumiram cocaína em um carro oficial e levaram a droga para dentro da casa de uma família.

O depoimento foi prestado ao promotor João Marcos Costa de Paiva, de São José dos Campos, e acompanhado pelo senador Eduardo Suplicy (PT), na quarta-feira.

QUATRO PRESOS

De acordo com as polícias Civil e Militar, com base na versão do caso apresentada pela Rota, três adultos e um adolescente de 17 anos foram presos naquela madrugada acusados de portar 2,1 kg de maconha, 300 g de cocaína, R$ 1.300 e uma escopeta calibre 12.

As drogas e a arma estariam dentro de uma casa numa localidade na área do Pinheirinho, mas sem ligação com a reintegração de posse ocorrida naquele dia.

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