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Sem barracos, sem-teto vão para calçada da São João

Famílias utilizam banheiros de bares

TATIANA SANTIAGO
DO “AGORA”

Após entrar em acordo com a GCM (Guarda Civil Metropolitana), o grupo de sem-teto retirado anteontem de um prédio invadido no centro desmontou na manhã de ontem os barracos instalados na avenida São João.

Mesmo sem os tapumes, parte das 220 famílias despejadas continuava ocupando a calçada da via ontem.

De acordo com Osmar Borges, coordenador da FLM (Frente de Luta por Moradia), as famílias reivindicam uma moradia fixa. Enquanto isso não ocorre, eles exigem um abrigo provisório, para que as famílias fiquem juntas.

Segundo os desabrigados, a prefeitura oferece somente vagas em albergues, que eles rejeitam, já que homens e mulheres não podem ficar no mesmo espaço. "Os albergues têm moradores de rua e nós somos trabalhadores", diz.

O material recolhido para a montagem dos barracos foi encaminhado para um depósito da prefeitura. Já os móveis e eletrodomésticos continuaram sobre a calçada.

As famílias usam banheiros dos comércios vizinhos e de um prédio invadido para tomar banho. As refeições são feitas em conjunto na rua.

A Prefeitura de São Paulo afirmou que colocou à disposição das famílias abrigo municipal e fez o cadastramento das famílias nos programas habitacionais.

A Justiça entendeu que a prefeitura tem obrigação de conceder abrigo às famílias e incluí-las nos programas habitacionais, mas deve respeitar a ordem de atendimento.

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