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Bando que furtava mala em Cumbica é preso

Três dos cinco suspeitos são funcionários de companhias aéreas, que só agiam fora do horário de trabalho

Vítimas preferidas eram aquelas que chegavam dos Estados Unidos e faziam conexão em Guarulhos

RAPHAEL SASSAKI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Três funcionários de companhias aéreas, um ex-funcionário e a namorada de um deles foram presos ontem suspeitos de integrar uma quadrilha que furtava malas de passageiros em conexão no aeroporto de Guarulhos, na Grande São Paulo.

A polícia não divulgou em quais companhias eles trabalham. Segundo o delegado Ricardo Guanaes, os suspeitos têm de 20 a 27 anos e são todos de classe média.

Os principais alvos do esquema eram malas de passageiros vindos dos EUA e que faziam conexão em São Paulo para outro Estado do país.

O roubo começava quando um funcionário de rampa -responsável por carregar as bagagens do avião para as esteiras- avisava outro integrante da quadrilha que as malas haviam chegado para a conexão.

Já dentro do aeroporto, outro funcionário escolhia aleatoriamente uma mala que iria para a conexão e a colocava em outra esteira, na do desembarque nacional.

Fazendo-se passar por passageiro, um terceiro integrante do grupo pegava a mala trocada na sala de desembarque e a levava embora.

"As esteiras ficam uma ao lado da outra, então para eles era muito simples", disse o delegado Guanaes.

Os furtos eram feitos quando os funcionários estavam fora do horário de trabalho, e as mercadorias eram vendidas com a ajuda da namorada de um deles.

Nas casas dos suspeitos, foram apreendidas mais de 20 malas com roupas, perfumes e itens eletrônicos, como máquinas digitais e iPads.

Segundo o delegado, uma das malas furtadas pela quadrilha estava cheia de brinquedos trazidos dos EUA pelo pai de uma criança com leucemia. "Era loteria, eles não sabiam o que iam achar."

De acordo com a polícia, as investigações foram dificultadas, pois as vítimas só se davam conta do roubo quando chegavam ao seu destino final, e a queixa era registrada em outra cidade.

A polícia não soube precisar há quanto tempo a gangue atuava no aeroporto. Segundo a polícia, é possível que haja mais envolvidos. As malas recuperadas serão devolvidas aos donos.

Os advogados dos suspeitos disseram que seus clientes não irão se pronunciar.

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