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Campanha pró-pedestre agora chega à periferia

Após nove meses, 14 corredores receberão 3ª etapa do programa

Maior número de atropelamentos no ano passado motivou escolha de locais pela Prefeitura de São Paulo

REYNALDO TUROLLO JR.
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Nove meses depois de lançar seu programa de proteção ao pedestre, em maio, a Prefeitura de São Paulo vai enfim levar a campanha -com fiscalização- à periferia.

Quatorze corredores onde ocorreram mais atropelamentos em 2011 receberão, em março, a terceira etapa do programa.

Os números do último balanço de atropelamentos da CET justificam essa expansão: enquanto no centro e na av. Paulista, áreas cobertas pelo programa, os atropelamentos caíram 29,5% de maio a outubro, na comparação com 2010, no restante da cidade a queda não chegou a 6%.

As mortes no centro também tiveram queda, de 42%: passaram de 21, entre maio e outubro de 2010, para 12, no mesmo período de 2011. Nos bairros, porém, as mortes caíram só 5,6% em igual período -de 282 para 266.

Para o gerente de segurança de trânsito da CET, Luiz de Carvalho Montans, a diminuição de acidentes com pedestres no centro demonstra que as ações vêm obtendo sucesso, mas fora dessa área "não houve reflexo tão grande".

No lançamento do programa, o secretário dos Transportes, Marcelo Branco, disse que o centro havia sido escolhido porque motoristas da cidade inteira passam por ele. Essa seria uma maneira de irradiar a "nova cultura".

Na prática, o que ocorreu foi que, longe da fiscalização e das faixas bem cuidadas, os motoristas continuaram a desrespeitar quem anda a pé.

A CET informou que, até março, vai repintar as faixas nos novos pontos do programa e realocar suas equipes -o órgão tem 2.400 marronzinhos, que podem multar, e quase 1.000 monitores.

De 8 de agosto, quando a fiscalização começou, a 31 de janeiro, a CET aplicou 128.691 multas por desrespeito ao pedestre em toda a cidade.

Para o presidente da Associação Brasileira de Pedestres, Eduardo Daros, a expansão para a periferia "tem que vir combinada com a redução da velocidade nas vias, que é a principal causa de mortes".

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