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Síndico confirma que prédio no ABC passou por reforma

Reparos teriam ocorrido para conter infiltração na cobertura do edifício

Obra malfeita para colocação de manta asfáltica pode ter ocasionado o acidente que deixou dois mortos

PAULA FELIX
DO “AGORA”

O síndico do edifício que desabou na última segunda-feira em São Bernardo do Campo (ABC), Lauro Salera, confirmou à polícia ontem que foram realizados reparos para conter infiltrações no último andar do prédio.

Segundo o delegado do caso, Victor Vasconcellos Lutti, o síndico fez a afirmação de modo informal, mas deve prestar depoimento acrescentando a informação, pois há indícios de que isso causou o desabamento que matou duas pessoas.

"A linha mais forte de investigação é de que uma infiltração pode ter ocorrido durante algum tempo e foi contida com a colocação de uma manta asfáltica sobre a laje, mas o resultado esperado não foi obtido e teve esse efeito final", afirmou.

Peritos do Instituto de Criminalística foram ontem ao local e, segundo o delegado, solicitaram análise do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) para acrescentar ao laudo que apontará a causa do acidente. Salera foi ontem ao prédio, mas não quis comentar o assunto.

O corpo da enfermeira Patrícia Alves Farias de Lima, 26, que só foi encontrado pelos bombeiros 24 horas depois do acidente, foi velado ontem em Ribeirão Pires (ABC), cidade onde ela morava. No desabamento, também morreu Julia Moraes, 3, e sete pessoas ficaram feridas.

Parentes e amigos de Patrícia estavam muito abalados. "Estamos sentindo uma dor muito grande. Vamos guardar a imagem dela do último final de semana", contou a tia de Patrícia, Adriana Paixão, 40, sobre um almoço ocorrido em família.

PERTENCES

Pessoas que trabalhavam no prédio que desabou foram ao local para buscar pertences ontem. A polícia tinha solicitado a lacração do prédio, mas permitiu a retirada de material até o meio-dia de amanhã após garantia de segurança da Defesa Civil.

Os Bombeiros montaram um sistema de senhas -os interessados precisavam apresentar documento. Só uma pessoa subia por vez.

A fisioterapeuta Vanessa Campos, 29, tinha um consultório no sexto andar. "Preciso pegar as fichas dos pacientes e alguns equipamentos. Trouxe quatro malas para poder carregar tudo o que der."

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