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Amotinados montaram 'central de boatos'

DO ENVIADO A SALVADOR
DE SALVADOR

Um serviço de contrainformação foi montado pelos policiais baianos em greve no período em que permaneceram acampados na Assembleia.

O objetivo era disseminar informações falsas ou conflitantes, para confundir as forças federais que isolavam os grevistas dentro do prédio.

Mensagens foram postadas nas redes sociais e divulgadas a jornalistas. Dois exemplos citados à Folha por participantes da invasão foram a existência de até 150 crianças e 1.500 manifestantes no local.

Triagem feita pelo Exército na desocupação do prédio revelou que havia apenas 245 pessoas e nenhuma criança. Os sete meninos e meninas que passaram um dia com os grevistas deixaram a Assembleia na manhã seguinte.

Segundo os policiais, havia ainda 12 equipes de vigilância cada para acompanhar a movimentação dos militares.

O líder dos grevistas, Marco Prisco, era protegido por dez homens armados e pouco se movimentava no prédio.

A comida era preparada pelas mulheres, no andar térreo. Na segunda-feira, o grupo tinha estoque para quatro dias. Na terça, o general Gonçalves Dias, que comandava a operação militar, liberou a entrada de mantimentos, e a reserva passou para 15 dias.

O corte da energia afetou o ânimo dos grevistas, que ficaram sem TV e som. Para manter o moral, eles faziam exercícios e cantavam hinos, como "ô, ô, ô, a PM parou".

(FB e GR)

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