Chuva alaga São Paulo e trânsito lento bate recorde

	Almeida Rocha/Folhapress
	Alagamento no viaduto Bresser, na Mooca, zona leste; prefeitura registrou 43 pontos inundados em toda a cidade

O temporal que atingiu a Grande São Paulo ontem à tarde transbordou córregos, destruiu barracos e inundou rodovias e avenidas.

A chuva também prejudicou o trânsito, provocando 217 km de congestionamento na capital, o maior do ano, segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego).

O recorde histórico é de 293 km, em junho de 2009.

Às 20h, o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências), da prefeitura, registrava 43 pontos de alagamento.

A avenida 23 de Maio, por exemplo, ficou intransitável por cerca de uma hora nos dois sentidos na região da Vila Mariana, na zona sul. Foram 8,6 km de lentidão.

A chuva castigou todas as regiões da cidade. Na favela do Jardim Arpoador, na zona oeste, cerca de 60 famílias ficaram desabrigadas.

"Caiu a parede da minha casa, não dá mais para ficar aqui", contou a dona de casa Karina Rodrigues da Silva, 23, mãe de um casal de gêmeos recém-nascido.

Na zona leste, o alaga­mento na avenida Anhaia Mello, por volta das 17h20, deixou passageiros ilhados na estação Vila Prudente do Metrô. A forte chuva também deixou diversas áreas alagadas no CT do Corinthians, no Parque Ecológico do Tietê.

Na zona norte, Santana, Casa Verde e Tremembé foram os bairros mais atingidos pelo temporal.

O mau tempo também provocou o fechamento do aeroporto de Congonhas (zona sul) por 40 minutos, atrasando ao menos 11 voos.

GRANDE SÃO PAULO

Na Grande São Paulo, quem mais sofreu com os alagamentos foram os moradores de Taboão da Serra, Embu e Mauá, que registrou o maior índice pluviométrico: 71,4 milímetros.

Carros e ônibus foram encobertos pela água e moradores ficaram ilhados em casas e comércios.

Em Taboão, a rodovia Régis Bittencourt ficou interditada no sentido São Paulo na altura do km 272.