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Maria Isabel Amaral Barreto (1937-2012)

Uma falante professora de inglês

ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO

Com o boletim recheado de notas dez, Maria Isabel Amaral Barreto acostumou mal os pais. Pelo menos para os irmãos mais novos. Dinah, uma delas, certa vez contou feliz que tirara nove em português. A mãe lembrou que a irmã só tinha nota máxima.

Paulistana, Maria Isabel mudou-se por volta dos três anos para o Rio, por causa do trabalho do pai, um engenheiro químico português.

Em 1963, retornou para a capital paulista, onde ficou por quatro anos. Como não se habituou à cidade, decidiu voltar para o Rio de Janeiro.

Moça solteira, foi viver sozinha -o pai não gostou, no começo, mas viu que a filha era esforçada e independente. Por isso, deu-lhe apoio.

Formada em letras clássicas na PUC do Rio, começou a dar aulas aos 17 anos. Apesar de ter estudado latim e grego, lecionava português e inglês -estudou na Cultura Inglesa e, depois, foi fazer especialização na Inglaterra.

Casou-se com Aristóphanes, um administrador, e se aposentou como professora.

Cerca de 12 anos atrás, na época em que montava uma agência de turismo, sofreu uma forte desidratação.

Durante um procedimento médico para repor os sais no organismo, acabou tendo um AVC (acidente vascular cerebral), que afetou sua voz.

Antes muito falante, ficou incomodada com a dificuldade em ser compreendida. A agência não foi adiante.

Seis anos atrás, ficou viúva e passou a ter problemas para se locomover. Morreu na terça-feira (14), aos 74 anos, de falência de órgãos.

A missa do sétimo dia será hoje, às 18h, na igreja São Gabriel, em São Paulo.

coluna.obituario@uol.com.br

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