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No sofá - Tony Goes A realidade não esperou a 4ª feira para transformar em cinzas alguma ilusão de magia do Carnaval OS OLHOS custam a acreditar no que veem. O carro alegórico da Pérola Negra arde em chamas, num efeito especial mais espetacular do que qualquer outro visto no Anhembi. O tumulto invade a marginal Tietê, tornando o regresso a São Paulo ainda mais infernal. Mas talvez o mais impressionante seja a passividade inicial de seguranças e policiais. Um sujeito pula a cerca, rouba os votos dos jurados, rasga alguns, enfia o resto na cueca e sai correndo sem que ninguém esboce reação. Só foi detido bem mais tarde, quando o pandemônio já estava instalado. Não é de hoje que apuração de desfile de escola de samba termina em confusão. No Rio de Janeiro, em outros tempos, jurados chegaram a ser ameaçados de morte pelos descontentes com o resultado. Para o telespectador desavisado, é fácil esquecer a quantidade de dinheiro e prestígio político que estão em jogo. A realidade não esperou chegar a quarta-feira para transformar em cinzas qualquer ilusão de magia do Carnaval. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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