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Interior 'se adianta' à violência e investe em sistemas de segurança

Até município onde houve apenas um furto em residência adota novos equipamentos

LUIZA BANDEIRA
DE SÃO PAULO

Para entrar no condomínio, o morador passa por um sistema de identificação biométrica, por dois portões e até por uma portaria blindada. A cena, recorrente na capital paulista, está se tornando comum também no interior do Estado.

Em São Paulo, condomínios estão virando "fortalezas" até em localidades sem registro de arrastões a prédios e com índices de criminalidade menores que os da capital paulista.

Síndico de um edifício de 228 apartamentos em São José do Rio Preto (a 438 km de SP), Junior Villanova já aplicou cerca de R$ 40 mil e gastará mais R$ 20 mil somente em segurança.

O investimento no local inclui um sistema que fotografa visitantes, equipamentos biométricos e "vaga do ladrão", onde o morador estaciona para alertar se há um bandido no automóvel.

"As cidades estão crescendo e, com isso, vêm os problemas. A gente tem que investir pesado na segurança", afirmou o síndico.

Para o delegado Genival Santos, no entanto, esses "problemas" não existem na cidade. "Temos dezenas de condomínios, mas não há assaltos ou arrastões. Teve um furto no ano passado", disse.

Já para o diretor de condomínios da regional do Secovi (sindicato das empresas do setor imobiliário), Alessandro Nadruz, "as pessoas estão se adiantando ao problema".

Em Marília (a 435 km de SP), um prédio de classe alta acabou de finalizar um sistema de segurança que custou R$ 200 mil -inclui portaria blindada, "gaiola" e identificação biométrica.

Em São Carlos (a 232 km de SP) e Presidente Prudente (a 558 km de SP), também foram adotados sistemas semelhantes de segurança.

O mesmo ocorreu em Sertãozinho (a 333 km de SP), na região de Ribeirão Preto, onde até o prefeito se mudou para um condomínio fechado.

'MEDO'

Para Viviane Cubas, especialista do Núcleo de Estudos da Violência da USP, mesmo com índices de criminalidade baixos, esses municípios também registram problemas com violência, o que pode justificar a adoção desses sistemas de segurança por seus condomínios.

Colaborou JULIANA COISSI, de Ribeirão Preto

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