Celular erra e antecipa o fim do horário de verão

O domingo de Carnaval foi, no mínimo, mais longo para os foliões que tiveram o fim do horário de verão antecipado no celular por causa da falta de atualização nos programas mundiais de tempo.

Segundo decreto presidencial de 2008, quando o fim do horário de verão coincidir com o Carnaval, a programação será estendida por mais uma semana.

Neste ano, o horário de verão acaba no próximo domingo, dia 26. Todos os Estados do Centro-Oeste, Sudeste e Sul, além da Bahia, terão de atrasar seus relógios em uma hora à meia-noite de sábado -ou 0h de domingo.

Alguns fabricantes de celulares seguiram apenas a regra básica do horário de verão que, conforme o decreto, está fixado entre o terceiro domingo de outubro e o terceiro domingo de fevereiro.

"Elas [bases de tempo mundiais] não foram atualizadas com o prolongamento do horário de verão. Os aparelhos recebem a informação dessas bases", disse o presidente da Teleco (consultoria privada de serviços de telecomunicações), Eduardo Tude.

Segundo ele, o mesmo problema ocorreu em computadores com o sistema operacional Windows. Os usuários relataram que, ao ligar o computador, o horário estava atrasado em uma hora.

Segundo as operadoras de telefonia, o problema pôde ser resolvido com a mudança manual do horário no celular. A Microsoft, fabricante do Windows, montou um serviço na sua página na internet.

A Vivo afirmou que o problema aconteceu apenas em alguns modelos de aparelho. A TIM afirmou que a responsabilidade pela antecipação do horário de verão foi dos fabricantes. A Claro e a Oi também atribuíram a alteração à configuração dos celulares. A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) não se manifestou.

ECONOMIA

O ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) deve concluir um balanço final da economia do horário de verão na segunda-feira. A estimativa prévia é que, neste ano, a economia no chamado horário de ponta de consumo -das 18h às 21h- tenha sido de 4,6%, muito semelhante à do ano passado.

Com o horário de verão, o governo estima uma economia anual de R$ 30 milhões pelo uso reduzido de usinas termelétricas. Nos horários de ponta, o país recorre à geração térmica, mais cara e poluente, para suprir a demanda que as hidrelétricas não dão conta.