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Por causa de cheias, Acre decreta ponto facultativo

Nível de rios está perto das marcas históricas

KÁTIA BRASIL
DE MANAUS
FELIPE LUCHETE
DE SÃO PAULO

As enchentes no Acre chegaram a uma situação tão grave que o governo decretou ponto facultativo ontem em todo o Estado. Sete cidades já decretaram emergência desde janeiro, incluindo a capital Rio Banco.

As cheias dos rios Acre e Juruá, no Acre e no Amazonas, são as segundas maiores já registradas. Afetaram, com as enchentes do rio Purus, pelo menos 14.500 famílias.

Os três rios influenciam o nível do Solimões, que corta várias cidades da bacia amazônica e forma o Amazonas.

O nível do rio Acre, em Rio Branco, chegou ontem a 17,51 m -o recorde, em 1997, foi de 17,66 m. Já o Juruá atingiu em Carauari (702 km de Manaus) 14,28 m, próximo dos 14,88 m da marca histórica, de 1986.

Só o município de Brasileia, na fronteira com a Bolívia, teve 95% da área urbana atingida, segundo o governo.

Cerca de 230 índios tiveram de ser retirados de 11 aldeias nos últimos dias em Santa Rosa do Purus e Assis Brasil.

A previsão é de mais chuvas nos próximos dias. A região Norte vive o "inverno amazônico" -o período de chuvas iniciado em dezembro.

As fortes chuvas estão relacionadas ao La Niña -resfriamento das águas do oceano Pacífico-, segundo o Inmet.

A média prevista para Rio Branco era de 284 mm para fevereiro. Até a manhã de ontem, porém, choveu 402 mm.

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