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Falta de estrutura cria mercado de canoeiro

DA ENVIADA A RIO BRANCO (AC)

A falta de estrutura da Defesa Civil para transportar famílias atingidas pelas cheias criou um mercado paralelo de canoeiros em Rio Branco.

Por uma "tarifa" que oscila entre R$ 1 e R$ 2, donos de canoas movidas a remo ou a motor de popa abandonaram até a profissão original para faturar com a enchente.

O pedreiro Ilacir Nascimento Cavalcanti disse que chega a ganhar R$ 100 por dia. "O dinheiro está bom."

A comerciante Gislane Araújo, 33, pagou R$ 2 a Cavalcanti para ir para casa. O barco é o único meio para percorrer dez minutos sobre as águas e chegar ao imóvel, diz.

Quem não tem dinheiro precisa enfrentar uma fila para se cadastrar em um posto da prefeitura e garantir a mudança.

O pedreiro José Ribamar Ferreira de Castro, 62, ficou revoltado quando viu chegar uma grande voadeira (de alumínio e com motor potente) do Exército. Ele pediu ajuda para fazer a mudança, mas foi ignorado. "Pelo amor de Deus, minha casa está debaixo d'água", disse. Um oficial respondeu que o transporte era só para cadastrados.

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