Galho cai no restaurante Figueira Rubaiyat

O látex branco pingando da figueira-de-bengala que dá nome ao restaurante chamou a atenção do maître.

Ao se aproximar mais, ele ouviu estalos e se deu conta de uma fissura em um dos galhos da árvore de 120 anos, que tombou, escorado pelo muro, sem atingir ninguém.

Desde que isso aconteceu, às 15h de ontem, a parte externa do restaurante Figueira Rubaiyat, nos Jardins (zona oeste), está isolada. Clientes que almoçavam no local foram para outras mesas.

O Corpo de Bombeiros foi acionado às 16h e, assim que chegou o guincho, às 18h, iniciou o corte do galho pelo lado de fora do restaurante, onde há um estacionamento.

Até as 21h de ontem, os trabalhos ainda continuavam, sem previsão de terminar. O restaurante funcionava apenas em sua área interna.

O muro do estacionamento sofre com rachaduras provocadas pelo peso da planta, que é tombada e tem 20 metros de altura e 30 m de copa.

O dono do terreno vizinho, que apenas se identificou como Álvaro, teme que outros galhos caiam no local. "Já amassou caminhão da minha empresa. Sabíamos que isso ia acontecer, eles deveriam cortar esses galhos."

O biólogo Ítalo Mazzarella, proprietário da Gaia Consultoria, empresa que faz a manutenção da árvore para o restaurante duas vezes por semana, diz que seu trabalho é de monitorar e tentar controlar o peso da árvore, que foi o que causou a queda, em "situação natural" - já que "a árvore está saudável".

"Temos todos os cuidados de tentar prever para que não ocorra um risco maior, mas não há garantia", diz ele.

Ele ressalta que a madeira dessa árvore não quebra de imediato - horas depois da abertura da fissura, ela continuava estável.

A Folha não conseguiu contato com a prefeitura, que vistoria as árvores da cidade.